Saturday, February 10, 2007

vaqueiro

Vaqueiro, figura típica do sertão baiano de Canudos onde os turistas poderão ter o privilegio de assistir a pega do boi na caatinga e anda a cavalha aboiando o boi e bode na fazenda Barrocão, aprender como criar gado, bode e tirar leite, e comer aquela comida típica da roça. Venha conhecer e interagir no campo do sertão de Canudos





Vaqueiro figura tipica do sertão com seus trajeo de couro como perneira,jibão,luva,colete,bota,chapéu









Uma lição de

















Uma lição de vida



João Joaquim da Silva (João Boro) nascido na fazenda Curral Falso no município de Euclides da Cunha aos 04/05/1933, filho de Joaquim José da Silva e Dona Ursolina Maria de Jesus – lavrador sendo seu pai vaqueiro de Joaquim Galdino.
Iniciou seus trabalhos no campo aos 15 anos, aos 17 vai a São Paulo retornando aos 25. Tornou ao campo com os seus irmãos mano e Zé Preto, dois vaqueiros afamados na região de Euclides da Cunha, casou-se em 1960 com Dona Cecília Rodrigues, mudando para Fazenda Boa Esperança, para ser vaqueiro de Joaquim da Anjinha. Em 64 mudou-se pra sua primeira casa própria, na Fazenda vizinha de Poço da Pedra, onde passou a cuidar de seu rebanho e de Quinquim Paranhos. Em 65 em um sábado, dia de Santa Luzia, vai ao campo nas caatingas de Manda Sáia, sem saber que era o dia da santa protetora da vista, para pegar uma novilha de Elizeu, seu sogro e fazendeiro da Época. Embrenhando-se na mata na perseguição ao animal, chamada filha da couro preto. Esta passa desesperadamente por baixo de um umbuzeiro, como já era ao entardecer e devido a alta disparada este perde o golpe de vista e tem o seu olho espetado por um bico de umbuzeiro. Sentindo ferido parou bruscamente o cavalo chamado tira- teima e pôs-se a gritar por seus colegas Olimpo e Tota, dois afamados vaqueiros da região, que não havia acompanhado, dado a velocidade de que tinha imprimido. Ao chegaram e perceberem a gravidade do fato ao verem jorrar sangue à distancia, o jato chegava a cabeça de tira-teima. Socorreram-no e levaram para clinica do Dr. Humberto Freire, na cidade de Euclides da Cunha, de lá levado a Salvador para o Hospital Santa Luzia sendo cirurgiado e tirado o que restou do olho no domingo às 09:00 horas.
Logo que cicatrizou o ferimento retornou ao campo. Transferido-se para o povoado de Bendegó, onde passou a trabalhar na Fazenda Olho D’água de Severino. Em uma segunda-feira vai a Fazenda vizinha Lagoa do Boi, de Jordão, para pegar em braba nas caatingas da Lagoa da Panela, pois mesmo com um só olho era respeitado na região como o amansa brabo. Ao descobrir a vermelhona (a vaca) logo começou a perseguição indo esta passar já em desespero por baixo de um pau-de-rato, onde João Boró viu a luz pela ultima vez, tendo seu ultimo olho vazado por um ramo de catingueira. Ficou imóvel até a chegada dos seus companheiros retardatários Joel, Baiano e seu filho único Zé Milton. Mais uma vez foi levado a capital Baiana, para ser definitivamente considerado cego.
Apesar da cor e do sofrimento em saber que nunca mais enxergaria a luz do dia, João Boro não se entregou, continuou sua luta e prova disso é que hoje, com 71 anos é criador de ovinos e caprinos, trabalha na roça concertando cercas, plantando e colhendo, castra animais(suínos) enfim administra sua pequena roça, alem de fazer negócios(compras e vendas de animais). É um vencedor que não se entregou ao desespero de jamais ver e conhecer o rosto de seus netos e bisnetos.
Uma lição de vida para eu e você, não se entregue as dificuldades, lute como ele lutou.

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